O papel da mulher na sociedade
Enquanto sofria aqui, devido a escassez completa de trabalho e, conseqüentemente, de receitas capazes de saldar umas continhas insignificantes, como luz, água, aluguel, comida e todas essas bobagens de nossos dias, comecei a me perguntar sobre a relevância de mais um post sobre o papel da mulher. Já escrevi tantos que está difícil controlar o ímpeto das editoras evangélicas ou seculares na ânsia de publicar um livro meu sobre o tema, juntando todos esses textos, desesperadamente carentes de chegar ao grande público, por essa outra via. Tempos atrás, ocorreu-me ser papel da igreja o posicionamento, seja ele de direita ou de esquerda, não importa. Nisso a igreja católica anda sempre a passos largos à frente da igreja evangélica. Por isso, desde o começo, tratamos de declarar os dogmas da igreja que se reúne em grutas sobre o papel da mulher, essas pessoas estranhas, seres humanos despojados de falos. Se Deus as privou desse instrumento indecoroso, deu-lhes beleza (com exceções, afinal o velhinho não costuma ser justo), sensibilidade, feminilidade, equilíbrio e sensualidade. No resto, somos todos iguais. Mas entre os grutenses, cremos na velha e ultrapassada família como forma de organizar a sociedade. Dentro dela, cabe ao homem o papel de gerador e à mulher o papel de genitora. Aos filhos sobra a esperança de um dia serem como um de nós. Feito isso, os homens devem sair à caça, enquanto as mulheres gerenciam o lar e cuidam do grosso na educação dos filhos. A roupa fica por conta da Brastemp, a comida trivial a cargo da D. Benta e a limpeza pesada com a Suelen. A louça também deve ser entregue à Branstemp. Na falta dos artefatos eletrodomésticos e das mocambas, sugerimos uma divisão racional do trabalho, desde que estejamos livres quando houver jogos do Corinthians televisionados. Se não houver filhos, o casal poderá decidir quanto ao desperdício da mulher em algum trabalho desses que há por aí, que podem ser executados por quaisquer marmanjos burros e deseducados. Nunca é demais lembrar que as mulheres e pessoas muito jovens no mercado de trabalho, pode significar bem menos postos de trabalho para os provedores das famílias e mais lucro no bolso dos senhores capitalistas. Agora se a mulher for … digamos, uma Dilma, por favor, mantenha-a em casa, nem que seja à força e mesmo que ela seja sua vizinha, apenas.
Oh my God, ela não está fazendo o que estou pensando, está?
Lou, me lembrei do M. Nascimento com certas canções. Certos Blogs…
beijos,
l.
Como diríamos por aqui, pintou um clima. Em minha ótica, é uma imagem de horror. 🙂 Legal ver seu comentário por aqui.
Sou totalmente (ou tolamente?) a favor da igualdade entre homens e mulheres. Mas como toda regra tem exceção, eu abriria uma para a Dilma: vá pra cozinha, mulher!!!
Todos nós sabemos que essa é essencialmente a vontade de Deus, no casamento é a mutualidade no relacionamento, segundo o inocente apóstolo Pedro. Mas precisamos respeitar as diferenças naturais, sem usar isso como desculpa para impor nossas tiranias e não falo só dos homens.