A fé remove montanhas e essa é a prova de que não a conhecemos
Falei hoje por telefone com um amigo e também blogueiro e, às tantas, ele declarou estar buscando blogar em formato, digamos, menos cristão e mais, diríamos, prático. Pouco tempo depois que iniciei A Gruta, cheguei à conclusão que o blog se esgotara e a razão era a direção cristã religiosa que havia seguido, meio sem perceber. Só não fechei a caverna porque os leitores agiram rápido.
Desde o começo da semana estou trabalhando e hoje irei de novo. Preciso tomar cuidado, isso pode virar um hábito ou, pior, uma compulsão. Até paguei a Locaweb quase em dia (só um dia de atraso) dessa vez, parece que houve uma festa por lá, ontem. Pena que a Duda adoeceu. Chamamos dois veterinários e os dois vieram com aquele pessimismo peculiar à ciência. Nós cremos em milagre.
Isso me dá uma vontade incontrolável de ter fé do tamanho de um grão de mostarda. Jesus devia ter exagerado no vinho, quando disse tal disparate. Uma vez, nos tempos da Igreja Maná, D. Eunice uma pastora da Igreja, em terras tupiniquins, disse que minha fé havia se esgotado e que deveria buscar mais fé, uma vez que sem fé é impossível agradar a Deus. Grande papo, aquele. Nunca mais esqueci e, quando lembro, choro de raiva.
Jesus devia orar o dia todo para ter conseguido tanta fé. Tinha aquelas manias oratórias peculiares. Orar no monte, no cemitério e na casa da sogra de Pedro. Três lugares onde eu não oraria, se fizermos as devidas atualizações. Falando nisso, fico tiririca quando meu computador assume vida própria e não me deixa usá-lo: Um momento que estamos procedendo as suas atualizações. Para mim, esse ato é criminoso, a mais pura invasão de domicílio. Eu nunca seria um Jesus, ele era gentil demais, cavalheiro demais e educado demais. Pior, era cheio de fé.
Acredito que pegaram leve com esse papo de ter mais fé, acredito que você tenha escapado de algumas outras, quando eu era menino escutei algumas assim :
“Tem que fazer isso para ter uma casa maior no céu.”
e a tradicional :
“Se Ele voltar agora e te pegar fazendo isso!!”.
A Duda tem quantos anos?
Quanto a ser como Jesus, nem eu!
Fé e trabalho: os dois mais dignos e bonitos frutos do pecado original estão sendo embaraçosamente esculhambados, e eu não sei como deixar de contribuir pra isso.
Ser viciado em trabalho é menos mal que ser viciado em emprego!
Fé demais cheira mal?
O trabalho bestifica o homem?
Lou,
Nós já tivemos um “amigo” que em virtude de um atropelamento teve o quadril literalmente moído.No hospital veterinário,fomos informados que só restava
ser sacraficado,não havia outra saída.
Meus filhos,ainda pequenos,imploraram por ele,pediram para para que isso não fosse feito…e com aquela inocência de toda criança,me convenceram a levá-lo para casa,apenas com alguma medicação para dor.
Em casa,os dois se revezavam junto ao amigo,rezando em silêncio…aos poucos nosso amigo foi melhorando…após um mes,começou a rastejar…e finalmente andou,todo torto,mas andou assim por mais
10 anos.
Milagres acontecem mesmo.Não podemos substimar o tamanho ou a intensidade da fé.
Jesus é singular. Ele encantava as pessoas: os gregos, os guardas do templo, os publicanos, as prostitutas, os pecadores, etc. Se tivesse ido com os gregos, teria se livrado de morte tão terrível.
Lou, meu amigo!
Sempre que posso venho aqui ler o que escreve, mas acho difícil comentar, pois nossas opiniões divergem… (Olha, eu respeito as tuas, ok?)
Então, eu oro por você, Lou! Quem sabe um dia a gente consiga sentar em algum encontro do Voca, e trocar uma idéia, ok?
Uma beijoca saudosa,
Neli
Pô, com um título desses não há como comentar nada mais a não ser uma pequena concordância. Belas palavras.