Um Deus presente na ausência.
Sempre volta a idéia do Deus presente e totalmente ausente. Que é capaz de não intervir e nunca perder o controle. Dar toda a liberdade com absoluto domínio. Um não Deus divino.
Fico com a sensação de não vê-lo sentado me escutando com toda a paciência celeste quando estou mal, por baixo, sem nenhuma vontade de orar, sem esperança e sem fé, mas, com uma suspeita enorme de que ele não perdeu nenhum lance de meu calvário.
Por outro lado, quando andava por cima, com tudo em dia, dízimos e ofertas, leituras bíblicas, orações, jejuns, presença na igreja, ele se ausentava de mim e minha suspeita é que ele não me ligava a mínima, nesse tempo, sem nunca se ausentar de mim.
Um Deus pleno na solidão. Uma presença marcante no deserto.
O deserto… todos precisamos de o atravessar!
Boa travessia! Com Deus sempre presente!
Como tu bem sabes, religiosidade não é a mesma coisa que espiritualidade. Os desertos fazem-nos bem, mas cuidado para não morrermos no deserto…
Ah, é verdade, gostei muito da flor da foto (que claramenet não é uma das do deserto).
Jorge
Tomei a liberdade de deletar o comentário que chegou duplicado. Ok?
A rosa vermelha é um símbolo de esperança, como você sabe. Escolhi um botão com a intenção de completar minha esperança nesse Deus tão presente, embora pareça ausente.
Claro que se fosse representar o deserto, seria ideal algum tipo de cactus. Abraço.
Voce certamente já leu Kushner. O rabino fala dessa ausência presente no sofrimento e o domínio total que repeita a liberdade do outro.
Aprender isso é extraordinário
O silêncio e o deserto andam de mãos dadas, mas até no deserto podem brotar rosas e mananciais de água viva! Sem ser as da foto, conhece as rosas do deserto?
são belíssimas!recebi uma recentemente e acho que vou postar sobre ela;)
Raquel
Eu procurei a rosa do deserto e não encontrei (nos dois sentidos). Se puder, escreva sobre ela sim. Será bem legal.