Os Habitantes do Reino
Ruben Alves
Chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “ Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos Céus.”
Mt. 18:3
‘Zaratustra, o grande herói de

Nietzsche, seu monstro dionisíaco, era uma criança. Tinha de ser, para se comover até às lágrimas com borboletas e bolhas de sabão. Seus escritos eram borboletras e bolhas de sabão. Os adultos não podiam entender. Num momento de desânimo ante a incompreensão dos adultos, ele escreveu:
Gosto de me assentar aqui onde as crianças brincam, ao lado da parede em ruínas, entre os espinhos e as papoulas vermelhas.
Para crianças eu sou ainda um sábio e também para os espinhos e para as papoulas vermelhas.
Escrevia para educar. Mas tinha horror às escolas. Nas escolas se formam os rebanhos de ovelhas, todas balindo igual, todas pensando igual. Ovelha que balisse diferente, que pensasse diferente, ia para o manicômio ou era reprovada. Morreria de rir se tivesse tido a felicidade de ler a Adélia Prado:
Escola é uma coisa sarnenta. Fosse terrorista, raptava era diretor de escola e dentro de três dias amarrava no formigueiro, se não aceitasse minhas condições. Quando acabarem as escolas, quero nascer outra vez.
Escola é máquina de destruir crianças. Nas escolas as crianças são transformadas em adultos. É isto que todos os pais querem: que seus filhos sejam adultos produtivos. Como ficam felizes quando eles passam no vestibular!
Nietzsche andava na direção contrária… Não era ovelha de rebanho. Era cabrito montês, que andava sozinho nas rochas. Criança não é meio para se chegar ao adulto. Criança é fim, o lugar onde todo adulto deve chegar.’
Ruben Alves em “ Se eu pudesse viver minha vida novamente…” Ed. Verus
Jesus de Nazaré não estava brincando feito criança quando disse para Nicodemos que era necessário nascer de novo. Ele estava dizendo que era necessário voltar a ser criança para entrar no Reino de Deus.
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Ser criança não pela característica da inocencia, mas sim da incompetência…
Lou: vou aceitar o teu desafio! Me aguarde! 😀
Resolvi voltar a ser criança! hehehehehe
oi Lou,
mais um desafio pra mim? acho que você dá conta deste melhor, escreve você, vai!
beijos,
alê
A melhor coisa nas crianças é a falta de vergonha.
Ah, ser criança é coisa de adulto frustrado. Eu não preciso de criancices, não. Quer dizer, quase nunca.
Às vezes, gosto de rir das velhas bobagens do Chaves, de coçar a barriga da gatinha siamesa, marejo os olhos com uma cena triste de filme, e gasto tempo vendo figuras nas manchas dos azulejos do banheiro.
Mas, nada de coisas de criança, não senhor!!!
Quando eu era menino viva como menino. Agora que sou homem vivo como idiota.
blog simples e fine pra se ler…
abraço
“Criança é fim, o lugar onde todo adulto deve chegar”.
Isto é revelação!!!
Adorei o “visu” novo da Gruta. Muito bom. SEmpre surpreendendo, puxa!!!
Preciso mudar o lay do De Ponta também, já cansei. Mas será que dou conta de mais isto??
Chris
Chris
Negócio é sentir-se bem ou como diria o Jampousky: Prefiro mil vezes ser feliz do que estar certo.
Sem dúvida…
Estou inteiramente de acordo!
AMÉN!
God bless you.
T.