Loja de sonhos
Uma loja, por definição, seria um lugar onde você poderia adquirir produtos específicos ou genéricos, contra pagamento justo e nas formas vigentes em cada estado. Não é o caso da minha loja, como era de se esperar. Há vinte dias, mais ou menos, meu E-Commerce hmello.com (a loja cibernética do Lou Mello) está aberta e não fez nenhuma venda até agora. Não fez porque não dispõe de nenhum produto a ser vendido, não dispõe devido à necessidade de obter os registros e licenças e mesmo que os tivesse, não teria recursos financeiros para adquirir um estoque, ainda que mínimo.
Lembro dos primos de minha mãe, eles sonharam a vida inteira com a Soérica, uma fábrica de instrumentos elétricos domésticos (chaves de luz iluminadas, tomadas com tampas, etc.) Chegaram a construir um prédio e a produzir alguns produtos, manualmente, mas isso aconteceu quando o mercado já estava inundado de produtos do tipo e muito mais sofisticados, sem falar no preço, infinitamente mais acessível. A Soérica virou uma fábrica do sonho nunca realizado.
Minha loja, por enquanto é pouco mais do que um sonho, é um site a ser visitado, nem sei para que, pois é feio e não tem nada para vender, embora se proponha a ser uma loja. Mas se você gosta de praticar o velho amor masoquista, tão bem explicado por Eric Fromm em seu excelente ” A Arte de Amar”, visite, antes que ela desapareça. Quem sabe não ganho algum prêmio bizarro do tipo: o Site mais dispensável da Net ou algo assim.
Ocorreu-me a idéia de vender sonhos, posto haver um monte de gente com a capacidade de sonhar perdida. Talvez pudesse concorrer em outra categoria, então. Quem sabe, entre os sites mais irrelevantes da Net ou algo assim. Afinal sonho é uma geringonça abstra que não se encontra em lojas, mesmo contra o senso comum.
Sem isso ou com isso fiquemos em companhia do Eric Fromm, um site muito relevante, mas fora da Rede:
“Nossa sociedade é dirigida por uma burocracia gerencial, por políticos profissionais; o povo é motivado pela sugestão da massa, seu alvo é produzir mais e consumir mais, com finalidades em si. Todas as atividades se subordinam a metas econômicas; os meios tornam-se fins; o homem é um autômato – bem alimentado, bem vestido, mas sem qualquer preocupação última pelo que constitui sua qualidade e função peculiarmente humanas. Para que o homem seja capaz de amar, deve ele ser colocado em seu lugar supremo. A máquina econômica deve serví-lo em vez de servir-se dele.”
Fui ver Joss e voltei sem palavras.
Xau Lou e família, bom final de semana.
Bom dia!!!!
Pois é, cada um tem seus sonhos. Aqui em casa foi um pesadelo que o Daniel teve por estes dias;)
Cliquei na sua loja, ao menos quem sabe vc ganha o tal prêmio;)
Bom domingo prá vocês!
O Cury anda vendendo sonhos, tbm, ultimamente!
Depois dou uma passadinha lá na sua loja cibernética!
=)
Quer vender meu notebook?
É um Toshiba satellite, pentium 4, 2Gb Ram, 80 Gb HD. Preço? Não sei…