A melhor opção cristã na questão ambiental

Conforme prometido, esse post é uma sequência do post 9269 (Mentiras convenientes sobre o nosso planeta) onde pessoal da comunidade científica brasileira, acompanhando colegas de várias partes do mundo, especialistas em clima, vieram a público para o desagravo contra as falácias ambientalistas que andam em derredor buscando a quem possam tragar.
Neste, dirijo-me ao publico em geral e aos cristãos em particular com a melhor opção cristã na questão ambiental. Parece-me, extremamente, estranho que pessoas com conhecimento bíblico, em graus que vão do mínimo ao máximo, estejam andando abraçados, pior, servindo como propagadores de absurdos inaceitáveis, ao nosso ponto de vista cristão, a respeito do planeta no qual vivemos e que nos foi destinado pelo Criador.
Antes de tudo, não será demais lembrar do texto bíblico: Vamos lá, em Atos 2: 13 a 21, segundo a versão A Bíblia Viva, em português, da Ed. Mundo Cristão.
“Porém, outros da multidão caçoavam.
“Eles estão bêbados, isso sim!” diziam. Nisso, Pedro deu um passo à frente com os onze apóstolos e gritou à multidão: “Ouçam, todos vocês, visitantes e igualmente moradores de Jerusalém! Fiquem sabendo isso: Alguns de vocês está dizendo que estes homens estão bêbados! Não é verdade! É muito cedo para isto! Ninguém fica embriagado às nove horas da manhã! O que vocês estão vendo nesta manhã foi profetizado há séculos pelo profeta Joel – ‘Nos últimos dias’, disse Deus, ‘Eu derramarei o Meu Espírito Santo sobre toda a humanidade; os filhos e as filhas de vocês profetizarão, os jovens terão visões, e os velhos terão sonhos. Sim, o Espírito Santo virá sobre todos os meus servos, homens e mulheres, e eles profetizarão. E Eu provocarei extraordinárias demonstrações nos céus e na terra – sangue, fogo, e nuvens de fumaça; o sol ficará negro, e a lua ficará vermelha como sangue, antes de chegar aquele poderoso Dia do Senhor. Porém, todo aquele que pedir, pelo nome do Senhor, será salvo’.
Ainda com olhos e ouvidos nas palavras de Jacques Ellul, eles estão evidenciando considerar a tecnologia como o seu sagrado. Quando o professor Luiz Carlos Mollion deu entrevista ao Programa Livre da Band, refutando uma a uma das tragédias anunciadas (aquecimento do planeta, efeito estufa, elevação do nível do mar, floresta amazônica pulmão da Terra, etc.) pelos ditos ambientalistas, o jornalista Fernando Mitre expressou, como ninguém, quem é o deus de toda essa gente (políticos, pastores, padres e teólogos inclusos, mais a mídia pelega dos interesses dos países desenvolvidos) ao perguntar ao Mollion: Então o senhor está dizendo que todos os participantes da conferência de Copenhagen estavam errados? Que equivaleria a dizer, ‘então o deus tecnologia está errado?’
Ainda bem que, nesse caso, há uma enorme parcela de cientistas (mais de trinta mil) contrários às teses ambientalistas. Os interessados encontrarão farto material a esse respeito, na Internet, particularmente no YouTube.
Mas nosso negócio aqui é mais cristão. O resto do pessoal está interessado em política, economia, domínio, etc. e esses não são e não deveriam ser nossos interesses principais. Não há um dia em que as palavras de Jesus (Buscai primeiro o Reino de Deus e as outras coisas vos serão acrescentadas) não me assombrem.
Nesse caso das alterações climáticas do planeta, temos trocentas evidências bíblicas, além da citada, a nos respaldar. Até parece que Deus sabia, antecipadamente, das dificuldades pelas quais passaríamos em nossos dias com o enfraquecimento da Igreja, principalmente por mudar o foco do Deus verdadeiro por outros deuses, no caso, a tecnologia.
Os maiores responsáveis, ou irresponsáveis (como prefere o Ellul) são os pastores e/ou teólogos ao aderir aos argumentos desses apologistas dos infernos, abandonando os pressupostos bíblicos.
Se ficarmos firmes com o que nossas bíblias nos informam, sobejamente, não seremos vitimas dos interesses dos países desenvolvidos dominantes e seus objetivos perpetuadores desse domínio. Igualmente, os povos desses países estarão sujeitos às mesmas consequências que poderão ocorrer quando vierem as verdadeiras mudanças climáticas e com o mesmo direito de todos nós em clamar a Deus e serem salvos.
Para mim, esses pastores que andam por ai propagando os argumentos ambientalistas não merecem nenhum respeito e deveriam ser abandonados às suas crenças nefastas.
Se quisermos avançar mais, interpretando como se deve nossos textos bíblicos, ou seja, considerando-os como material metafísico de primeira linha, para não dizer divino, poderíamos lembrar das frases que abrem o evangelho de João:”
“1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.”
Em uma interpretação livre e rápida, lembro da explicação de um antigo professor que resumia essa passagem em: “Lógos, psique, somá” ou se preferir, Logos, psico, somático, ou ainda, Espiritual, intelectual e material. O Lógos controla a mente e o corpo, assim como a mente controla o corpo. O Planeta é o cenário material no qual o Lógos inseriu o ser humano.
No princípio, o ser humano não teve maiores problemas para lidar com o planeta, pois não tinha grande capacidade de fazer mudanças de grande porte. Foi mais precisamente após a revolução industrial que as coisas se complicaram e o ser humano passou a judiar de seu habitat.
Em linguagem mais espiritualizada, a partir daí, o ser humano resolveu desligar-se de vez do controle de Deus, através do verbo e bastar-se com matéria e intelecto. A igreja ao invés de trazer o ser humano às suas origens, resolveu acompanhá-lo e deu no que deu. Bastaria aos seres humanos retornar ao Logos, a palavra de Deus, e o planeta estaria salvo, pois uma consciência repleta de Deus é tudo que precisamos para que o planeta esteja salvo.
Evidentemente, e antes que alguém me apareça com alguma gracinha típica dos radicais, não importa o lado, todos nós precisamos e devemos preservar o planeta, responsavelmente. Em minha modesta opinião, o ideal é sempre perguntar se sabemos quais são as consequências do que estamos fazendo para a vida do ser humano e do planeta. Há muito a fazer e a deixar de fazer com capacidade de melhorar as duas coisas.
Outro dia, alguém chamava (via Twitter) um cientista contrário às falácias ambientalistas de extremista de direita. Perguntei-lhe então se a nossa posição, nesses temas, seria necessariamente uma questão meramente ideológica, pois ao que parece, o pessoal anda tentado vincular ambientalismo ao perfil mais adequado aos liberais de esquerda. Nada mais equivocado, a meu ver.
Mas, infelizmente, estamos convivendo com um monte de pastores panacas que tentam incluir em sua agenda a militância política, sem o devido cuidado e preparo. As ideias ambientalistas são muito mais propicias aos regimes conservadores de direita do que a verdade sobre esses fatos. Basta lembrar que o maior apologista das ideias ambientalistas é ninguém menos que o Sr. Al Goré, ex vice presidente dos Estados Unidos é um dos principais acionistas da Apple, a empresa cujo símbolo é o pecado.
O que mais nos interessa, afinal, é o fato de a Bíblia ser a outra via nesse tema, a melhor, pelo menos para mim. Nenhum desses fatores, certos ou errados, nos importará. Se não, a nossa opção correta ao Deus verdadeiro.
Bem, Lou, como a pessoa do twitter em questão mui provavelmente fui eu, resolvi me pronunciar rapidamente. A questão do referido tweet (https://twitter.com/rondinellysm/status/198485595872440320) não era exatamente sobre uma de extrema direita, mas sobre outdoors de um instituto ligado a políticos e ‘intelectuais’ assumidamente da extrema-direita dos EUA (inclusive com alguns escândalos de tráfico de influência em seu currículo – http://deepclimate.org/2012/02/14/heartland-budget-and-strategy-documents-revealed/). Quanto ao assunto geral em questão, considero que o fetiche da riqueza e da pujança econômica é o fundamento idólatra do que você considera como idolatria da tecnologia. Estaríamos a alegar que devemos consumir tanto quanto a Besta Imperial? Estaríamos a por no futuro a reclamação saudosista do povo no meio do deserto, invejando as panelas de carne e cebola do Faraó? A crença do AT, restaurada por Jesus no NT, de que o trabalho humano, longe do produtivismo lucrativo contemporâneo, deve ser uma extensão excessiva da graça de Deus combina e lembra muito bem o projeto decrescimentista de produzir/consumir menos, porque não deveríamos desejar consumir/produzir como os ricos, mas distribuir o já produzido, liberando o consumo da tirania da escassez. Nossa riqueza não deve ser a da opulência, mas a da simplicidade, da comunhão com a natureza. O que não é lá tarefa fácil, convenhamos. Confirmar que nosso modo de produzir e consumir paranoicamente – liderado pelos seus mais altos beneficiários, o império capitalista – tem afetado o sistema-Terra e que é preciso urgentemente modificá-lo não me parece uma atitude de direita ou conservadora, muito menos liberal (do ponto de vista econômico). Me parece muito cristão, aliás, no estreito sentido em que o evangelho nos permite chamar de cristão qualquer projeto de mundo. O reacionarismo, no caso, reside na opção tanto de conservadores moralistas quanto de progressistas economicistas de permanecermos no mesmo patamar antropotécnico de uma produção que representa menos um cuidado criativo do que um domínio depredador sobre a criação.
P.S.: Sobre Al Gore apoiar a ideia, não deveríamos entrar nesse mérito porque a galera que apoia o negacionismo tbm não é lá muito legal, não.