A Caixa
A caixa do Banco Itaú (moça bem jovem ainda), ali na Rua Santa Cruz, não gostou do documento que levei, uma coisa estranha, cheia de http://, www, enfim um horror. Então me fez ir até o INSS solicitar um carimbo com uma assinatura, se quisesse resolver meu caso.
Lá fui eu, ladeira a baixo, pensando mil maneiras em como eu poderia executar aquela jovem, jovem só na carcaça, onde certamente habita um espírito dos tempos paleolíticos ou dinossáuricos, aquela estereotipada de uma figa.
Um homem com idade entre ela e eu me atendeu lá no INSS e entendeu o problema rapidinho. Sacou o maior carimbo que tinha em cima de sua mesa, carimbou o papel e lascou sua assinatura, dizendo, se ela quer carimbo e assinatura para lhe atender, é isso que ela vai ter.
Subi todos aqueles cinco quarteirões (o gerente da agência Itaú nunca tinha descido aquilo, pois me disse que o INSS era só duas quadras abaixo) cantando e só imaginando a cara daquela fraude de jovem quando visse aquele carimbo enorrrrme com a assinatura bem no meio. Certamente ela iria até o céu, tamanho prazer a sentir em fazer um velhinho descer e subir dez quarteirões sob o sol do meio dia (ou de ver aquele carimbão todo assinado).
E quase assim, só não foi melhor porque a última hora, ao invés de retomar a fila dos velhinhos, resolvi entrar pela fila dos cidadãos normais e ser atendido pela outra caixa, essa sim, uma digna representante das classes mais jovens.
A pergunta que não quer calar: Quem é o velho aqui?
Lou, me perdoe, mas, a globalização me permite rir nesses moldes => kkkkkkkkkk
suas histórias são cômicas; as vezes trágicas, mas, sempre ótimas.
Seus emails são os únicos que abro e leio sem excluir, obrigado!
Valeu Fábio. Finalmente descobri quem era meu único leitor. 🙂
Tinha dois, mas minha mãe resolveu partir…